Tireoidite
Aguda:
Infecção
raríssima da tireóide, de origem bacteriana e purulenta.
Tireoidite
Subaguda ( de Quervain)
O termo subaguda serve para diferenciar essa condição
da tireoidite aguda bacteriana. .É de origem provavelmente
viral e costuma acometer toda a tireóide. O quadro
clínico clássico ocorre em uma mulher adulta jovem
que se apresenta classicamente com dor intensa na
parte anterior do pescoço, irradiada para cima em
direção do pavilhão auricular. Apresenta também intenso
mal estar, dores articulares e musculares e febricula.
. Ao toque a glândula apresenta-se extremamente dolorosa
e hipersensível . Outros sintomas gerais, são angustia,
nervosismo, taquicardia e intolerância ao calor.
Os
hormônios tireoidianos (T3 e T4) acham-se geralmente
elevados, fazendo o clínico desavisado diagnosticar
falsamente como um hipertireoidismo por hiperprodução
hormonal. Esta elevação é passageira, e ocorre devido
a liberação de hormônios tireoidianos na circulação
pela destruição celular.
O teste chave para confirmação diagnóstica é a captação
com Iodo Radioativo ou com Tecnécio que se acha típicamente
com a captação suprimida chegando até mesmo perto
de zero.
Tratamento
da Tireoidite Subaguda:
O único tratamento necessário habitualmente é Aspirina
para a dor. Nos raros casos que a Aspirina é ineficaz
se usa Prednisona (Meticortem) em período curto. Para
os sintomas do hipertiroidismo (taquicardia, tremores)
pode ser usado Beta-bloqueador (Propranolol).
Com
o tempo após a crise a tireoide geralmente volta a
sua função normal, mas por alguns meses pode ainda
ocorrer recidiva.
Tireoidite
Silenciosa - de Hashimoto - Linfocítica.
1-
A dor na tireóide está ausente e a hipersensibilidade
tireoidiana inexiste.
2- Os sintomas sistêmicos não são uma característica
desta condição.
3- A tireóide costuma estar aumentada de
volume e, com frequência já se havia notado pelo
paciente ou familiares a presença de bócio.
4- O hipertireoidismo pode ser comum e pode
recidivar no decurso de vários meses ou anos. Só
que o hipertireoidismo geralmente é leve e limitado.
5- O diagnóstico clínico e hormonal pode
ser difícil já que pode haver bócio difuso e aumento
das taxas hormonais de T3 e T4.
6- A chave diagnóstica é a Captação com Iodo
131, que na doença de Graves é alta e na Tireoidite
de Hashimoto é tipicamente baixa.
7- A dosagem dos Anticorpos antimicrossomais
e Anti TPO está normalmente alta na tireoidite linfocítica
e normal ou baixa na doença de Graves.
Tratamento:
Neste casos, geralmente nenhum tratamento é indicado.
.De forma alguma se usa agentes terapêuticos que afetam
a hormogênese tireoidiana (PTU e Metimazol). Pode
ser indicado Propranolol para taquicardia incômoda.
O paciente deverá ser seguido periodicamente (anualmente
por exemplo) por causa da probabilidade alta de desenvolver
um hipotiroidismo a médio prazo.
Tireoidite
Pós-Parto:
É uma forma de Tireoidite silenciosa que aparece no
período imediato pós-parto. Ela é indiferenciável
da tireoidite silenciosa. Pode eventualmente ser confundida
com a doença de Graves. .O diagnóstico diferencial
seria fácil com a Captação com Iodo 131, mas como
este é formalmente contraindicado no período de lactação,
teremos que lançar mão da dosagem dos anticorpos microssomais
e Anti TPO.
Esta tireoidite é autolimitada
e é menos provável a evolução para hipotiroidismo
futuro, podendo haver recaídas em outras gestações
futuras.
Tratamento:
Nenhum, e as considerações são semelhantes a tireoidite
silenciosa.
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